DO LATIM AO PORTUGUÊS: ESTUDOS LINGUÍSTICOS


A Língua Portuguesa provém do latim, que se entronca, por sua vez, na grande família das línguas indo-europeias, representadas hoje em todos os continentes. De início, simples falar de um povo de cultura rústica, que vivia no centro da Península Itálica (o Lácio), a língua latina veio, com o tempo, a desempenhar um extraordinário papel na história da civilização ocidental, “menos por suas virtudes intrínsecas do que pelo êxito político do povo que dela servia”.

A respeito dessa língua, avalie as afirmativas a seguir.

 

I. Foi necessário separar a língua praticada pela pequena elite do latim correte, usado na conversa diária pelos mais variados grupos sociais da Itália e das províncias.

II. Tal diferença já era sentida pelos romanos que opunham ao conservador latim literário ou clássico o inovador latim vulgar, compreendidas nesta denominação as inúmeras variedades da língua falada.

III. Era impossível materializar o latim vulgar, pois, no decorrer dos tempos, ele modificou-se para a língua grega.

 

Está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s) presente(s) em:


Em I e II.


Em II e III.


Apenas em III.


Apenas em II.


Apenas em I.

A respeito do estudo sobre a estrutura e a formação de palavras, avalie as afirmativas.

 

A) Uma língua é constituída de um conjunto infinito de frases. Cada uma delas possui uma face sonora, ou seja, uma cadeia falada, e uma face significativa, que corresponde ao seu conteúdo.

B) Uma frase, por sua vez, pode ser dividida em unidades menores de som e significado - as palavras – e em unidades ainda menores, que apresentem apenas a face significante – os fonemas.

C) As palavras são, pois, unidades menores que a frase e maiores que o fonema.

D) As unidades mínimas significativas dá-se o nome de morfema.

 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) presente(s) em:


Somente em A e D.


A, C e D.


Em todas as afirmativas.


A, B e C.


B, C e D.

Alguns linguistas, como Marcos Bagno, entendem que a regra da gramática, que diz respeito à regência dos verbos ir e chegar, contraria uma tendência natural da língua, já que desde o latim a preposição in (hoje, em) era utilizada para dar a ideia de movimento, direção. Além disso, constata que a preposição a, nessas situações, está em franco declínio no português brasileiro e que a tendência é a substituição pela preposição em.

Partindo desse pressuposto e pelos estudos feitos sobre regências, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

 

 

( ) Tradicionalmente, a gramática normativa recusa a preposição em como regência dos verbos ir e chegar, quando estes estão seguidos de um termo que indica direção, movimento, destino.

( ) No entanto, a forma mais típica da linguagem dos brasileiros, mesmo entre os que dominam a língua padrão, é dizer “Cheguei em casa tarde ontem”, ou “Hoje vou numa festa”, em vez de “Cheguei a casa tarde ontem” e “hoje vou a uma festa” – construções mais comuns entre os portugueses.

( ) O termo regência, em linguística, refere-se ao complemento do verbo e dos nomes presentes nas orações.

( ) A regência do verbo aspirar é unicamente observada no sentido de trazer ar aos pulmões; esse verbo não admite outras possibilidades semânticas.

 

 

A opção correta é:


V, F, F, V.


V, V, V, F.


V, V, F, F.


F, V, F, V.


V, F, F, F.

Conforme seus estudos, observamos que se dá o nome de regência a relação de subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações entre as palavras, criando frases não ambíguas, que expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam corretas e claras. Resumidamente, quando o termo regente é um verbo, temos a regência verbal. Quando o termo regente é um nome, ocorre a regência nominal.

Observe as duas orações a seguir:

 

I. “O fiscal, aborrecido, visava os passaportes.”

II. “Homem sem escrúpulos, só visava a uma posição de destaque.”

 

Nelas, há um verbo que se repete. Esse verbo:


embora apresente regências diferentes, ele tem sentido equivalente nas duas orações.


poderia vir regido de preposição também na primeira oração sem que se modificasse o sentido dela.


apresenta regência e sentidos diferentes nas duas orações.


embora tenha o mesmo sentido nas duas orações, ele apresenta regência diferente em cada uma delas.


apresenta a mesma regência e o mesmo sentido nas duas orações.

Algumas análises estruturais em relação às concordâncias permite-nos constatar algo muito importante sobre as relações desse fenômeno: elas podem ser organizadas a partir de princípios diferentes. Por esse motivo, quando ouvimos falantes de uma variedade estigmatizada dizerem algo como “As laranja tá madura”, não devemos concluir que essas pessoas estão cometendo um erro gramatical. A respeito disso e dos estudos sobre as concordâncias, analise as afirmativas a seguir.

 

I. No sistema de concordância da variedade linguística que falam, a regra geral determina a flexão de número somente para o determinante do sintagma nominal (no caso o artigo).

II. Em termos do conteúdo informacional, uma fala como essa, apresentada, é equivalente à de um falante de outra variedade que diz "As laranjas estão maduras”.

III. O importante, quando refletimos sobre formas diferentes das estabelecidas pela gramática normativa, é lembrar que elas devem ser consideradas em seus contextos de ocorrência. Em situações formais, espera-se o respeito à norma gramatical.

 

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) presente(s) em:


Apenas em II.


Apenas em I.


Em I e II.


Em I, II e III.


Em II e III.

No caso de uma sequência de substantivos no singular, cujo encadeamento constrói a ideia de gradação, o(s) adjetivo(s) pode(m) ir para o plural ou concordar em número com o substantivo mais próximo. Partindo do exposto e de seus estudos sobre a concordância nominal, assinale a alternativa que apresenta uma oração que NÃO está de acordo com essa concordância.


A moça e o rapaz altos sentaram no fundo da sala.


A mulher e o homem pareciam cansados depois da longa caminhada.


Os alunos julgaram difíceis a redação e as provas.


As pessoas foram tomadas de uma emoção, de uma alegria, de um entusiasmo arrebatador ao final do espetáculo.


As laranja que você plantou já estão madura.

Por meio dos seus estudos sobre a estrutura e formação de palavras, leia o texto verbo-visual abaixo e responda ao que é solicitado.

FONTE: EAD-UNIUBE

 

No pensamento do paciente à espera da consulta médica, há uma palavra que foi formada por um processo de sufixação, ou seja, foi acrescentado um sufixo indicativo de diminutivo produzindo o efeito de sentido de amenizar o estado físico apresentado pela primeira paciente, mais velha do que os outros, com a intenção de indicar a faixa etária dela.

Assinale a alternativa em que a palavra destacada exerce a mesma função apresentada no texto acima, de indicar a faixa etária da personagem.


Este livrinho não tem conteúdos que correspondam àquilo que estudamos durante o semestre.


Ele está tão bonitinho com esta roupa. Nunca o vi tão radiante como hoje!


O focinho do cachorro está machucado. Precisamos leva-lo ao veterinário.


Tiago é tão novinho que não parece já ser formado e ser professor universitário. Isso é incrível!


Mãezinha, posso sair com Ana neste final de semana? Vamos à festa de Carlos.

A partir dos seus estudos desta semana, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

 

I. Segundo Sândalo (2001), a morfologia constitui uma das áreas da linguística em que se têm muitas discussões e embates

 

PORQUE

 

II. alguns estudiosos consideram a morfologia como o principal componente do estudo da gramática de uma língua, enquanto outros não consideram esse nível.

 

 

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.


As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.


As asserções I e II são proposições falsas.


A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.


A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.


As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

Avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.

 

I. Com a chegada dos romanos, iniciou-se uma conquista que se prolongaria por mais três séculos, tendo como base o uso obrigatório do latim na comunicação diária

 

PORQUE

 

II. A comunicação diária adotava o latim como língua comum falada por povos de diversas origens e línguas, o que resultou na mistura do latim com essas outras línguas, originando, inevitavelmente, outras línguas, diferentes do latim e das línguas originais dos respectivos povos.

 

A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.


A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.


A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.


As asserções I e II são proposições falsas.


As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.


As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.

Coutinho (1976) diz que

 

“[...] o que existia era simplesmente o latim. Depois, o idioma dos romanos se estiliza, transformando-se num instrumento literário. Passa então a apresentar dois aspectos que, com o correr do tempo, se tornam cada vez mais distintos: o clássico e o vulgar. Não eram duas línguas diferentes, mas dois aspectos da mesma língua. Um surgiu do outro, como a árvore da semente. Essas duas modalidades do latim, a literária e a popular, receberam dos romanos a denominação respectivamente de sermo ubanus e sermo vulgaris.” (COUTINHO, 1976, p. 29)

 

 

Por meio dos seus estudos, é possível perceber que a língua portuguesa é a modificação do latim vulgar, aquele que não se preocupava com a gramática e o estilo, mas com a informação eficaz entre os interlocutores. Considerando o exposto, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

 

(  ) O discurso urbano pode ser considerado como um discurso artificial, aquele que refletia o cotidiano da vida de um povo.

( ) O latim clássico era utilizado, primordialmente, por uma elite cultural de uma comunidade, preocupando-se com a forma e o estilo, ou seja, principalmente em seguir as regras da gramática.

( ) O latim vulgar era o reflexo da língua falada, por classes ditas como inferiores da sociedade romana.

(  ) As transformações do latim não foram lentas e graduais, pois ele sofreu grandes variações à medida que o povo era escolarizado.

 

A opção correta é a que está presente em:


F, F, F, V.


F, V, V, F.


V, V, V, V.


V, F, F, V.


V, F, F, F.

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